Cap 16 retorno à vida
Tudo na Natureza está dividido na plenitude de Yin (serenidade) e Yang (vazio), e assim segue seu curso. Todos, depois da ação, necessitam de seu momento de refazimento, cumprindo um ciclo natural, como yin/yang. Quando o homem, pela meditação, consegue entrar no vazio e atingir a serenidade, tudo começa a se movimentar. E então o homem se torna pleno. Nada o incomoda, perturba ou irrita, pois sabe o que é transitório e o que realmente é importante. Lao Tse observa a grandeza dessa movimentação e tenta passar o ensinamento neste capítulo.
Chegando ao estado de harmonia, de serenidade, surge então a clareza do que é certo ou errado, necessário ou supérfluo, assim voltando à vida (a vida real, simples e descomplicada). Atingir o estado meditativo (entrar no vazio e atingir a serenidade, a quietude) pelo tan tien, (que é nossa raiz, por onde o homem foi gerado energeticamente) é uma forma do homem retornar ao estado pré natal, pleno, ou seja, retornar à vida.
Vemos outros exemplos na Natureza, da necessidade de se voltar à raiz. O vegetal está sempre conectado à sua raiz, que é por onde recebe sua nutrição essencial, seguindo o ritmo da natureza. Os animais também respeitam o seu ritmo biológico, também “voltam à sua raiz” – sempre que necessitam, entram em estado de repouso meditativo. Os animais seguem seu instinto, não questionam, não sofrem por “ ter” ou “querer”, como o homem. Quando o homem quebra esse ciclo, e por sua própria vontade deseja se sobrepor à necessidade de recolhimento (descanso, refazimento, pausa), acontece o stress – que é algo não natural e que prejudica o homem fisica, mental e espiritualmente. E o modo de encarar a vida é alterado, distorcido. Fora desse estado de harmonia, o homem passa a querer coisas que na verdade não necessita. O homem que consegue atingir o vazio e a serenidade não sofre, ele apenas segue. E é assim que ele volta à sua raiz, à sua vida, à vida real, não a vida de sonhos e desejos descabidos e ilusórios. E quando retorna à vida, na realidade consegue atingir a eternidade (ou alcançar o Tao, que não pode ser definido, mas pode ser sentido, que é ao mesmo tempo nada e tudo, que não tem começo nem fim). É dessa forma que se consegue a iluminação, a clareza.
31/03/2014 Miriam Iwamoto
E-Mail: miriamiw@yahoo.com
*Texto elaborado pela aluna: Miriam Iwamoto
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Nesta aula sobre o capítulo 16, vemos a necessidade de serenar e esvaziar.
Isso nos remete ao treino de meditação. È muito importante serenar o coração e esvaziar a mente. Quando não conseguimos isso por culpa dos pensamentos e sentimentos (problemas em casa, no trabalho, saúde etc), verificamos que não estamos receptivos.
Para receber a energia temos que nos tornar receptáculos, com espaço para essa energia. E é assim que começamos a voltar para o caminho do Tao, ou seja, retornando à raiz. Com isso começamos a ter uma noite melhor de sono, não necessitamos de uma quantidade muito grande de alimento para nos satisfazer, nos tornamos mais calmos e tolerantes e começamos a ver as situações e pessoas de uma forma melhor, com menos julgamentos. Ou seja, quando conseguimos retornar à raiz, entramos em contato com a Natureza e voltamos a ter o equilíbrio “natural” que havíamos perdido.
31/03/2014 Wanderlei Taveres Martins
*Texto elaborado por aluno:Wanderlei Taveres Martins
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